Contratação de Cuca como técnico do Corinthians é alvo de protestos de torcedores
O anúncio da contratação do técnico Cuca para o comando do Corinthians gerou protestos entre parte da torcida do clube paulista. Motivo: uma condenação por estupro coletivo de uma adolescente de 13 anos durante excursão do Grêmio à Suíça, em 1987. O incidente ocorreu em 1987, quando ele ainda atuava como jogador.
Na ocasião, Cuca chegou a ser preso na cidade de Berna durante um mês. Com ele estavam Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi, todos depois libertados e de volta ao Brasil, onde prosseguiram com suas carreiras.
Em 2021, durante entrevista ao lado da mulher e de suas filhas, o treinador negou envolvimento no crime sexual: “Houve uma condenação porque uma garota menor de idade entrou no quarto em que estávamos. Simplesmente isso. Não houve abuso sexual ou coisa assim. Eu inclusive estava no time gaúcho havia duas ou três semanas, ainda não conhecia ninguém. Jamais toquei uma mulher indevidamente ou inadequadamente”.
Mas a repercussão continua. Torcedores da “Fiel” propuseram atos de boicote. O perfil “Base Corinthiana”, um dos maiores ligados ao clube, por exemplo, adotou voto de silêncio sobre a equipe profissional masculina enquanto Cuca seguir no cargo.
A campanha #RespeitaAsMina, utilizada pelo Corinthians para popularizar o futebol feminino, ainda foi relembrada por boa parte da torcida, apontando hipocrisia do clube ao contratar Cuca. O termo mais utilizado foi de “um cuspe” à história de inclusão do clube paulista.