PSG está de novo em crise e prepara fim da linha para Messi e Neymar
O Paris Saint-Germain está chegando ao fim da temporada novamente em crise. Dois de seus astros estão às turras com a torcida, que os ameaça, e com os dirigentes. Messi dá sinais de que pretende ir para bem longe de Paris. Neymar está desconfortável com a pegação no pé da parte radical dos torcedores do clube.
Neymar teve sua casa cercada pelos “ultras’’ nesta semana. Eles pedem sua saída do PSG. O brasileiro, que está afastado desde fevereiro por lesão, não se intimidou e deu a resposta por meio das redes sociais. “Não deixe as pessoas te colocarem na tempestade delas, coloque-as na paz”, escreveu o camisa 10 em sua conta oficial no Instagram.
Messi havia sido o primeiro alvo dos insultos, que se acentuaram após o craque argentino viajar sem consentimento da diretoria para a Arábia Saudita. O atacante foi suspenso das atividades por duas semanas e já alinhou com o clube que sairá ao fim da temporada.
O fato de mais uma vez o PSG ter visto frustrar o sonho de ser campeão europeu – foi eliminado da atual Liga dos Campeões nas oitavas de final –, decepcionou os dirigentes, que apostaram nos craques como maneira de atingir o objetivo, e fez acabar de vez a paciência da torcida, que já era pouca.
Por precaução, o PSG decidiu reforçar a segurança, sobretudo no centro de treinos do clube e em frente às casas de Neymar, Messi e Verratti, também ameaçado. E, claro, repudiou as ações dos ultras contra os atletas.
Porém, a insatisfação do clube com os jogadores é recíproca e parece caminho sem volta. A suspensão de Messi, por exemplo, parece selar sua decepcionante passagem pelo PSG, na qual em algumas ocasiões chegou a ser vaiado pela torcida.
Na última segunda-feira, torcedores protestaram no centro de treinamento de Camp des Loges, depois da derrota para o Lorient (3 a 1). Na quarta-feira, se reuniram em frente à sede do clube para mostrar seu descontentamento – e tem também o cerco à casa do argentino e dos outros atletas.
“Estamos fartos de mercenários!”, “Temos que expulsar Messi!”, “Temos que expulsar Nasser (Al Khelaifi, presidente do PSG)!”, foram alguns dos gritos mais ouvidos nos protestos. Tudo indica que, pelo menos em relação aos jogadores, eles serão ouvidos.